G3 S2

Mini-ensaio

VERSÃO FINAL 22/09

O que são cladogramas?

Cladogramas são representações gráficas sobre hipóteses de relações de parentesco em um grupo. As relações de parentesco são evidenciadas por características compartilhadas entre os grupos (Amorim, 2004). O cladograma é hipotetizado a partir de dados morfológicos e moleculares. Os tipos de dados podem ser utilizados separadamente, ou em conjunto (Lopes et al., 2014). Cladogramas apresentam diferentes layouts, mas as relações representadas permanecem inalteradas (Figura 1) (Baum et al., 2005).

Os componentes de um cladograma são: raiz, ramos, nós e terminais (Figura 2). A raiz representa o ancestral hipotético mais antigo e comum a todos os grupos. Os ramos representam as linhagens evolutivas. Os ramos conectam um terminal ao outro por um nó. Por sua vez, os nós representam os ancestrais hipotéticos de uma linhagem. Por fim, os terminais representam um grupo de estudo. O grupo de estudo pode ser, por exemplo, uma espécie, um indivíduo, ou uma população (Baum & Offner, 2008; Lopes et al., 2014).

A interpretação dos cladogramas apresenta desafios. A proximidade física dos terminais nem sempre reflete uma relação de parentesco mais próxima. Terminais mais proximamente relacionados estão sempre ligados por um mesmo nó. Na figura 3, por exemplo, independente da ordem dos terminais, o lagarto possui uma relação de parentesco mais próxima com os mamíferos do que o peixe. Isso porque, o último ancestral comum dos lagartos e mamíferos (nó amarelo Figura 3) é mais recente que o ancestral comum entre o lagarto e o peixe (nó marrom Figura 3) (Baum et al., 2005).

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Figura 1: Diferentes representações de cladogramas. Fonte: Lopes et al., 2014.

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Figura 2: Representação de um cladograma. Adaptado de Lopes et al., 2014.

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Figura 3: Como relações de parentesco são representadas em cladogramas. Adaptado de Baum et al., 2005.


Referências Bibliográficas

Amorim, D. S. (2004) Fundamentos de Sistemática Filogenética
Baum D. A. & Offner S. (2008) Phylogenics & tree-thinking
Baum D. A., Smith S. D. & Donovan S. S. (2005) The tree-thinking challenge
Lopes, S. G. B. C., Chow, F., Lahr, D. J. G., Turrini, P. (2014) Noções básicas de sistemática filogenética

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