Leticia Baldassio

Ensaio opcional (12 de março de 2019)

O dogma central da biologia fala sobre a transferência de informações no material genético, que estão contidas no DNA, RNA e proteínas. Sabe-se que trincas de nucleotídeos se traduzem em aminoácidos que, juntos, formam uma proteína. Essas trincas possuem diferentes variações, sendo a terceira a mais variável e a segunda a mais estável. Quando ocorrem mudanças na terceira base, muitas vezes o mesmo aminoácido é pareado, não gerando mudança na proteína. Porém quando variações nos nucleotídeos geram mudanças nas proteínas problemas podem ocorrer no indivíduo e, ao mesmo tempo, informações relevantes sobre a variação genética e relação com outros grupos podem ser levantadas. Pensando nessas divergências, diversas áreas da biologia utilizam essas informações moleculares para entender relações filogenéticas, evolução entre outros. A ideia de usar informações moleculares, sendo elas de DNA, RNA ou proteínas, é de extrema importância, pois conversa com todas as vertentes, é universal, possui um alto fluxo de informações, sendo objetiva e direta.

Ensaio 1 - Reescrita do Ensaio opcional (12 de Março) por Beatriz (24 de Março)

A transferência de informações a partir do material genético é a questão principal do Dogma Central da Biologia. As trincas de nucleotídeos em RNAs mensageiros (mRNAs), chamados códons, são utilizados na tradução genética para a formação de uma sequência definida de aminoácidos, que formarão uma proteína. Durante a leitura do mRNA há diferenças na leitura de cada base do códon, portanto diz-se que o código genético é degenerado. A terceira base do códon frequentemente possui degeneração total, em que independente de sua base, o aminoácido a ser ligado pelo RNA transportador (tRNA) será o mesmo, enquanto que a segunda base do códon é a mais estável, em que qualquer variação resulta em mudança do aminoácido. Portanto, mesmo que haja mudança no nucleotídeo presente na terceira base, raramente haverá mudança na sequência de aminoácido e consequentemente na proteína. Quando essas variações resultam em problemas para o indivíduo, as informações sobre a variação genética no indivíduo e também outros grupos relacionados, podem despertar questionamentos quanto à função do gene estudado, e as consequências de suas possíveis variações. Pensando assim, diversas áreas da biologia utilizam essas informações moleculares para entender relações filogenéticas, evolução do grupo e/ou espécie, entre outros. A ideia de usar informações moleculares, advindas de DNA, RNA ou proteínas é de extrema importância, pois estas se relacionam com diversas outras vertentes, e são informações universais, possuem grande quantidade de informações, sendo objetivas e diretas.

Ensaio 2 (26 de março de 2019)

Obs: estou tentando diminuir as frases e deixar o texto mais objetivo.

Versão em Português:

A Teoria neutra afirma que mutações ocorrem aleatoriamente. Elas podem ou não ter uma consequência nos indivíduos. As mutações são fixadas nas populações de duas formas: deriva genética ou seleção natural. A deriva genética seleciona estocasticamente as mudanças. Ao se fixarem na população, mutações tornam-se substituições. A seleção natural seleciona as mutações negativa ou positivamente. A seleção negativa ocorre se as mutações forem deletérias. Sendo assim, os organismos morrem. A seleção positiva acontece quando as mutações são adaptativas. Tanto as substituições adaptativas quanto as neutras refletem a história evolutiva. As substituições adaptativas possuem taxas menores de ocorrência. Esse tipo de mudança, à longo prazo, muitas vezes permite descendentes apenas da sua linhagem. Ou seja, as outras linhagens devem sumir durante as gerações futuras. As substituições neutras ocorrem em uma taxa muito alta. Porém, diferentemente da adaptativa, as mudanças neutras não causam a extinção das demais linhagens. Conservando toda a história evolutiva dentro do genoma. Sendo assim, os dois tipos de substituições possuem um grande peso nos estudos evolutivos.

Versão em inglês:

Neutral mutation theory states that mutations occur randomly. They may or may not have consequences in the individual. Mutations are fixed in population in two ways: genetic drift or natural selection. Genetic drift selects changes stochastically. When fixed in the population, mutations become substitutions. Natural selection selects mutations either negatively or positively. Negative selection occurs if mutations are deleterious. Thus, organisms die. Positive selection happens when mutations are adaptive. Both adaptive and neutral substitutions reflect evolutionary history. Adaptive substitutions have lower rates of occurrence. In the long run, this type of chance often allows only descendants of their lineage. That is, the other lineages should disappear during future generations. Neutral substitutions occur as a very high rate. However, unlike the adaptive, the neutral changes do not cause the extinction of the other lineages. Conserving all evolutionary history within the genome. Thus, the two types of substitutions are of great importance in evolutionary studies.

Ensaio 3 (02/04) - Comentários Ensaio 2 (Carolina Garcia)

Em relação ao conteúdo abordado, o ensaio apresenta todos os conceitos de forma objetiva. No que diz respeito à escrita científica, indico a junção de algumas frases que possuem a mesma ideia. A utilização de linking words ou transition words deixaria o texto mais fluido e consequentemente a leitura mais prazerosa.

Ensaio 4 (30 de abril de 2019)

Desde de Darwin, acredita-se que as espécies são produtos de uma descendência de um ancestral em comum (Baum et al., 2005). Com isso em mente, a sistemática filogenética e a biologia evolutiva se utilizam de uma ferramenta fundamental: árvores filogenéticas. As árvores filogenéticas mostram reconstruções históricas baseadas em um ancestral comum hipotético entre os ramos (clados). Essa forma de estudo é muito utilizada, pois é um modo de usar toda a informação atual disponível para reconstruir padrões evolutivos. Ou seja, pode ser usada de diferentes formas, para se entender relacionamento entre os ramos, padrões de mudanças dos clados, entre outros. A construção da árvore depende da pergunta inicial e para quem essa árvore está sendo reconstruída.

Ensaio 5 (7 de maio de 2019) - Comentários Ensaio 4 (Mariana Guilardi)

O texto foi conciso, bem escrito e apresentou muito bem o tema que se propôs. Boa parte das frases foram escritas em voz ativa e usou em boa parte a regra de um verbo, uma frase. Trago como sugestões modificar a penúltima linha do texto, para não apresentar redundância nas duas frases presentes nesta linha, e trazer uma frase de "impacto" para finalizar o assunto abordado.

Reescrita do Ensaio 4
Espécies são produtos da descendência de um ancestral em comum (Baum et al., 2005). Com isso em mente, a sistemática filogenética e a biologia evolutiva se utilizam de uma ferramenta fundamental: árvores filogenéticas. As árvores filogenéticas mostram reconstruções históricas baseadas em um ancestral comum hipotético entre os ramos (clados). A construção da árvore depende da pergunta inicial e para quem essa árvore está sendo reconstruída. Essa forma de estudo é utilizada para usar a informação disponível para reconstruir padrões evolutivos. Esses padrões podem ser obtidos a partir de análises de relacionamento entre ramos, padrões de mudanças de clados, entre outros. Isso tudo demonstra a importância das árvores filogenéticas para a sistemática e biologia evolutiva.

Ensaio 6 (14 de maio de 2019)

No que tenho mais dificuldade?
Acredito que minha maior dificuldade é ligar uma frase com outra. Para assim formar uma linha de pensamento clara e objetiva. Muitas vezes algumas frases se encontram "jogadas" no texto por falta dessa ligação. Isso pode ser observado nas conversas em dupla e consigo perceber em meus textos quando revejo depois de algum tempo.

Qual aspecto da escrita os meus colegas têm mais dificuldade?
Pelo que pude observar, talvez a maior dificuldade da maioria das pessoas seja manter frases curtas e também parágrafos curtos. Alguns dos parágrafos eram muito longos e possuíam também frases desnecessárias. Sendo assim, os parágrafos poderiam ser mais sucintos.

Ensaio 7 (21 de maio de 2019)

Árvores filogenéticas são muito utilizadas na biologia evolutiva e na sistemática. Estas árvores são um forma de análise comparativa que descreve as relações evolutivas entre os dados analisados, sejam moleculares ou morfológicos. Há diversos métodos para se construir um árvore filogenética, porém alguns dos mais utilizados atualmente são: Neighbour-joining (NJ), parcimônia, Maximum likelihood (ML), Bayesian. NJ é um método muito rápido, porém informações podem ser perdidas na concatenação das sequências em distância de ramos. Parcimônia também é rápido para análises de centenas de sequências, mas pode ser ruim se houver uma grande variação no comprimento dos ramos. ML consegue interpretar tudo o que os dados dizem sobre uma filogenia dentro de um dado modelo, porém pode ser muito lento. Por fim, Bayesian pode ser um modo mais rápido de avaliar o suporte das árvores do que ML, mas os parâmetros devem ser especificados, o que pode ser difícil de determinar (Holder & Lewis, 2003). Os métodos de reconstrução filogenética tem seus pontos positivos e negativos. Sendo assim, para se escolher o melhor deles se depende da pergunta e do tipo de dado usados na pesquisa.

Ensaio 8 (28 de maio de 2019)

Ponto escolhido: 1. Porquê fazemos reconstrução histórica?

Introdução
Breve histórico sobre reconstrução histórica
Diferença entre as primeiras escolas da sistemática até chegar na cladística (mais usada atualmente)

Desenvolvimento
Falar mais e desenvolver um pensamento sobre cladística.
Como ela é importante na sistemática e na taxonomia atualmente
Formas diferentes de se fazer uma reconstrução histórica: dados morfológicos, moleculares, biogeográficos, etc.
Dar um ou dois exemplos de estudos que utilizaram a reconstrução histórica em sua metodologia.

Conclusão
Reafirmar a importância da reconstrução histórica nos estudo de sistemática e taxonomia.
Falar dos avanços tecnológicos nos estudos e como isso melhora a reconstrução histórica.

Ensaio 9 (02 de junho de 2019)

Primeiras frases de cada parágrafo
Desde o advento da teoria da evolução, um dos trabalhos da biologia tem sido investigar as relações filogenéticas entre espécies (Hennig, 1965)
As primeiras escolas dedicadas à classificação foram a de taxonomia evolutiva e fenética, e a mais utilizada atualmente, a cladística, criada por Willi Hennig.
A sistemática filogenética tem como princípio o agrupamento de táxons em grupos naturais de acordo com hipóteses de relações evolutivas entre eles.
Atualmente, a cladistica é utilizada amplamente para entender a relação entre os grupos e mensurar a diversidade das espécies.
Colocar exemplo de trabalho importante que usa sistemática filogenética
A reconstrução histórica tem sido uma ferramenta muito importante para compreender a diversidade e relação dos organismos.
Novas tecnologias têm sido criadas com o tempo para melhorar ainda mais o estudo sistemático.

Autoavaliação

A disciplina contemplou diversos aspectos que ainda não havia visto durante a graduação ou a pós. Seja nas aulas teóricas com discussão ou nos seminários. Algumas coisas iniciais eu já possuía algum conhecimento, porém grande parte das aulas foram muito enriquecedoras. As aulas me tiravam da zona de conforto por sempre demandarem a escrita de textos, algo que não estamos acostumados durante a graduação. Apesar das dificuldades, acredito que aprendi muito nesse curso, não só sobre aspectos moleculares, evolução ou filogenia, mas também muito sobre escrita. Ainda tem muito o que ser trabalhado na dissertação de textos, mas fico feliz de possuir um norte sobre no que eu devo focar durante esse trabalho. Enquanto estive aqui melhorei o tamanho das minhas frases e diminui a voz passiva nas sentenças. Por fim, achei a matéria muito proveitosa tanto sobre conteúdo de aulas quanto nos trabalhos com os textos.

Minha nota: 0,9.

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